segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Autores que também escreveram poesias infantis


VINICIUS DE MORAES


Vinícius de Moraes (Rio de Janeiro RJ, 1913 – 1980) formou-se em Direito, no Rio de Janeiro, em 1933. No mesmo ano publicou O Caminho para a Distância, seu primeiro livro de poesia. Ainda na década de 1930, são lançados Forma e Exegese (1935), Ariana, a Mulher (1936) e Novos Poemas (1938). Em 1938 viajou para a Inglaterra, para estudar Língua e Literatura Inglesa. De volta ao Brasil, ingressou na carreira diplomática; serviu nos Estados Unidos, na França e no Uruguai. Em 1956 iniciou parceria com Tom Jobim, que fez as músicas para sua peça Orfeu da Conceição. Publicou, em 1957, o Livro de Sonetos. Em 1958 foi lançado o LP Canção do Amor Demais, que inclui a música Chega de Saudade, composta por ele e Tom Jobim, marco do movimento da Bossa Nova. Nas décadas seguintes ele participaria no movimento com diversas parcerias: Baden Powell, Carlos Lyra, Edu Lobo, Francis Hime, Pixinguinha, Tom Jobim e Toquinho. Em 1965 ganhou primeiro e segundo lugares no Festival de Música Popular da TV Excelsior, com as canções Arrastão, parceria com Edu Lobo, e Canção do Amor que não Vem, parceria com Baden Powell. Vinícius de Moraes, pertencente à segunda geração do Modernismo, é um dos poetas mais populares da Literatura Brasileira. Suas canções alcançaram grande êxito de público, como Garota de Ipanema, a música brasileira mais executada no mundo. Para Otto Lara Rezende, "depois do Vinicius musical, foi o Vinicius cronista quem mais depressa chegou ao coração do grande público". Sua obra poética também teve e continua tendo muito sucesso; principalmente poemas como Soneto de Fidelidade. Ele produziu ainda poemas infantis, como os de A Arca de Noé (1970).




CECÍLIA MEIRELES


Cecília Benevides de Carvalho Meireles, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901 e veio a falecer na mesma cidade em 1964. Casou-se duas vezes e deixou três filhas.

Entre 1925 e 1939, dedicou-se a sua carreira docente publicando vários livros infantis e fundando, em 1934, a Biblioteca Infantil do Rio de Janeiro. A partir desse ano, ensinou Literatura Brasileira em Portugal (Lisboa e Coimbra) e, em 1936, foi nomeada para a Universidade Federal do Rio de Janeiro, recém-fundada.

Cecília reaparece no cenário poético, após 14 anos de silêncio, com “Viagem” (1939), considerado um marco de maturidade e individualidade na sua obra: recebeu o prêmio de poesia daquele ano da Academia Brasileira de Letras. Daí em diante, dedicou-se à carreira literária, publicando regularmente até a sua morte.

Entre os vários livros de poesia publicados após 1939, têm-se: “Vaga Música” (1942), “Mar Absoluto e Outros Poemas” (1945), “Retrato Natural” (1949), “Romanceiro da Inconfidência” (1953), “Metal Rosicler” (1960), “Poemas Escritos na Índia” (1962), “Solombra” (1963) e “Ou Isto ou Aquilo” (temática infantil, 1964).

Escreveu também em prosa, dedicando-se a assuntos pedagógicos e folclóricos. Produziu também prosa lírica, com temas versando sobre sua infância, suas viagens e crônicas circunstanciais. Algumas de suas obras em prosa: "Giroflê, Giroflá" (1956), "Escolha seu Sonho" (1964) e "Inéditos" (crônicas, 1968).



SÉRGIO CAPARELLI

O escritor mineiro Sérgio Capparelli nasceu a 11 de julho de 1947, em Uberlândia, mas também pode se considerar gaúcho, pois passou grande parte da sua vida em Porto Alegre.

Aos 21 anos, entrou na faculdade de Jornalismo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde também foi professor. Lá, trabalhou nos jornais Zero Hora e Folha da Manhã. Como jornalista, Capparelli ganhou o Primeiro Prêmio em Concurso de Reportagens, promovido pela Associação Riograndense de Imprensa, aos 29 anos.

Entre 1976 e 1994, publicou nove livros infantis e dois infanto-juvenis em prosa. No ano de 1980, o escritor foi a Paris (uau!) para fazer seu doutorado em Ciências da Comunicação. Em 1982 ganhou dois prêmios Jabuti pelos livros Vovô Fugiu de Casa e Televisão e Capitalismo no Brasil.

Com outro livro, Boi da Cara Preta, ganhou o prêmio de Poesia/Literatura Infantil e Juvenil, concedido pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, em 1983, e novamente o mesmo prêmio, em 1989, com o livro Tigres no Quintal.

De 1986 até 1994, foi membro editorial da Summus Editorial. Sérgio Capparelli partiu do folclore popular para escrever algumas de suas poesias infantis.



HENRIQUETA LISBOA

Escritora brasileira. Considerada pela crítica uma das poetas mais bem-sucedidas da moderna literatura do país.

Pouco conhecida do público, a mineira Henriqueta Lisboa foi consagrada por críticos do porte de Antônio Cândido e Alfredo Bosi como uma das poetisas mais bem-sucedidas da moderna literatura brasileira.

Henriqueta Lisboa nasceu em Lambari MG em 15 de julho de 1904. Estudou no Colégio Sion da cidade de Campanha MG e dedicou-se ao magistério. Estudou línguas e letras no Rio de Janeiro e, em Belo Horizonte, lecionou literatura nas universidades locais. Desde o segundo livro, Enternecimento (1929), recebeu vários prêmios literários, inclusive a Medalha da Inconfidência de Minas Gerais, com Madrinha Lua (1952), e o Prêmio Brasília de Literatura (1971) pelo conjunto de sua obra.
Inicialmente identificada com o simbolismo, Henriqueta Lisboa aceitou a influência do modernismo, mas permaneceu fiel aos temas de sua terra e de sua gente. A partir de Prisioneira da noite (1941) atingiu um lirismo que, nas palavras de Alfredo Bosi, distingue-a como "sutil tecedora de imagens capazes de dar uma dimensão metafísica a seu intimismo rad
ical". Autora ainda de A face lívida (1945), seu livro mais importante, Flor da morte (1949), Lírica (1958) e outras obras, Henriqueta Lisboa morreu em Belo Horizonte em 9 de outubro de 1985.



JOSÉ PAULO PAES

José Paulo Paes nasceu em Taquaritinga SP, em 1926. Estudou química industrial em Curitiba, onde iniciou sua atividade literária colaborando na revista Joaquim, dirigida por Dalton Trevisan. De volta a São Paulo trabalhou em um laboratório farmacêutico e numa editora. Desde de 1948 escreve com regularidade para jornais e periódicos literários. Toda sua obra poética foi reunida, em 1986, sob o título Um por todos. No terreno da tradução verteu do inglês , do francês, do italiano, do espanhol, do alemão e do grego moderno mais de uma centena de livros. Em 1987 dirigiu uma oficina de tradução de poesia na UNICAMP. Faleceu no dia 09.10.1998.




MÁRIO QUINTANA

Poeta gaúcho nascido em Alegrete, em 30 de julho de 1906, e morreu em 5 de maio de 1994, em Porto Alegre. Trabalhou em vários jornais gaúchos. Traduziu Proust, Conrad, Balzac, e outros autores de importância. Em 1940, lançou a Rua dos Cataventos, seu Primeiro livro de poesias. Ao que seguiram Canções (1946), Sapato Florido (1948), O aprendiz de Feiticeiro (1950), Espelho Mágico (1951), Quintanares (1976), Apontamentos de História Sobrenatural (1976), A Vaca eo Hipogrifo (1977), Prosa e Verso (1978), Baú de Espantos (1986), Preparativos de Viagem (1987), além de varias antologias.

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